Marco Aurélio Gastaldi Buzzi - Ministro do Supremo tribunal de Justiça


Do interior de Santa Catarina para uma cadeira no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ministro Marco Aurélio Gastaldi Buzzi está entre os principais nomes da política e do meio jurídico do Estado. Uma condição que não passava pela cabeça do jovem estudante que iniciava o curso de Direito da Univali, na época, ainda Fepevi, em 1975.

Natural de Timbó, Marco Aurélio chegou a Itajaí com 17 anos e foi morar em uma república de estudantes. Da faculdade pode se dizer que obteve muito mais do que esperava. Foi onde conheceu uma moça chamada Katcha, e segundo ele, amou-a à primeira vista.  A moça com quem está casado há 28 anos e com quem teve três filhas.

Ainda antes da faculdade, Marco Aurélio tinha o hábito de participar intensamente das comunidades em que conviveu. Foi por várias vezes líder de classe, diretor de grêmios acadêmicos, integrou grupos de estudantes cientistas, de teatro estudantil e participava de bandas e fanfarras. Todo esse envolvimento enquanto estudante foi decisivo para que optasse pelo curso de Direito assim que terminou o colégio.

Durante a faculdade, continuou sendo o mesmo aluno atuante, agora nas causas acadêmicas. Junto com os colegas da república, fundou a Casa do Estudante Universitário. Mais tarde, ajudou a fundar o Cine Clube Universitário, que tinha como objetivo exibir filmes que as salas de cinema convencionais não passavam, e também o jornal universitário Animus.

O ministro lembra com carinho de sua vida universitária, de toda a obstinação que os estudantes tinham na época, quando construíam o que desejavam. Mesmo com a censura e o controle impostos pelo regime militar, os jovens eram ativos, políticos, atuantes e sonhadores. "A Univali e meus professores foram decisivos em minha vida", conta.

Depois de concluir a graduação, fez mestrado, especialização na Universidade de Coimbra, pós-graduação em Gestão Pública e especialização em Falência e Recuperação de Empresas. Da tese de mestrado, outro importante momento: a publicação do livro "Alimentos Transitórios: Uma Obrigação por Tempo Certo".

Até pouco antes de sua posse, em 2011, Marco Aurélio ainda dava aulas no curso de Direito da Univali. Deixou de lecionar por falta de tempo, especialmente por conta dos mais de 10 mil processos que tem para examinar. Apesar disso e de ter trocado Florianópolis por Brasília, diz que pouca coisa mudou em sua rotina de trabalho e que segue os hábitos de seus 29 anos de carreira. A começar pela hora de iniciar o dia: ​6h15.

O cargo para qual foi nomeado no STJ, foi resultado do competente trabalho, que impactou a milhares de brasileiros. Antes de ser ministro, Marco Aurélio se dedicou a projetos e programas de âmbito nacional, como o Movimento pela Conciliação. Após ser aprovado e adotado pelo Conselho Nacional de Justiça, o programa foi implantado em todo o país, resultando em uma convivência muito próxima com a capital federal, os tribunais superiores e pessoas envolvidas em grandes projetos. Experiência que pesou para conquistar a vaga de ministro de STJ.

Das mais de três décadas dedicadas carreira, destaca alguns momentos como memoráveis. O próprio começo é um deles: passou em primeiro lugar no concurso de magistratura, figurando entre os juízes mais jovens do Brasil, aos 23 anos de idade. Mas admite que a chegada ao STJ foi a maior das emoções e das realizações. "Não apenas para mim, mas para toda a minha família" finaliza.​​

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