Dois representantes da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) participaram da comemoração de 15 anos de fundação do Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira (PMAP), em Santos (SP). Durante o encontro, realizado nesta quinta (30) e sexta-feira (1), integrantes das equipes dos PMAPs de seis Estados das regiões Sudeste e Sul do Brasil puderam apresentar a sua contribuição ao longo dos anos.
A Univali integra o PMAP-BS desde quando Santa Catarina foi inserida no âmbito da iniciativa, sendo responsável pela coordenação e execução do projeto no Estado. O pesquisador e coordenador-geral, professor Roberto Wahrlich e a pesquisadora coordenadora técnica, Ana Paula Rosso, representaram a equipe catarinense no evento desta semana.
#ParaTodosVerem: Fotografia mostra um homem e uma mulher de pé numa sala com paredes e teto branco e chão cinza com detalhes em laranja. Eles vestem roupas informais em tons escuros. Ao fundo tem um banner e um telão com a logo da Univali projetada.
A apresentação da equipe da Univali, durante encontro do PMAP, destacou o começo do trabalho de monitoramento de pesca feito pela Universidade. A atividade teve início em 1995, por iniciativa de professores do curso de Oceanografia. Também foram lembrados pela equipe marcos importantes da atividade ao longo destes 28 anos, a exemplo dos convênios firmados com o Governo Federal entre os anos de 2000 e 2012 e o Projeto de Caracterização das Atividades de Pesca e Aquicultura (PCSPA-BS), executado em 2014 e 2015, já no âmbito do licenciamento ambiental e com o patrocínio da Petrobras.
“Esta etapa anterior foi decisiva para conhecer a pesca em Santa Catarina. Ela consolidou a nossa expertise e, em 2016, tornou possível o nosso ingresso ao PMAP mostrando toda a nossa história, nossos desafios, realizações e soluções conquistadas para o setor pesqueiro catarinense.", destacou Wahrlich.
#ParaTodosVerem: Fotografia mostra um auditório com pessoas assitindo uma apresentação num telão ao fundo. No lado direito tem um homem de pé segurando um microfone.
O coordenador do PMAP/SC revelou ainda que, durante o evento, foi assegurado aos participantes que as atividades do PMAP devem ser continuadas por força do licenciamento ambiental. “O representante da Petrobras, Fernando Almeida, afirmou que conta com o apoio dos atuais parceiros do PMAP para garantir a continuidade do Programa. Portanto, temos a perspectiva de seguir contribuindo com as ações do PMAP num futuro de melhoria e aperfeiçoamento bastante promissor.", afirmou.
#ParaTodosVerem: Fotografia mostra um auditório com pessoas assitindo uma apresentação num telão ao fundo. No lado direito tem um homem de pé segurando um microfone.
Univali é responsável pelo Projeto em SC
Desde a chegada do PMAP/SC a Santa Catarina, em 2016, as atividades são conduzidas e executadas exclusivamente pela Univali. A sede do projeto no Estado está localizada no campus da Universidade, situado em Itajaí (SC). No entanto, as equipes de monitoramento estão estrategicamente distribuídas em dez municípios do Estado, de onde os profissionais partem diariamente para a coleta de informações da área compreendida.
Atualmente a equipe do PMAP/SC é formada por 35 pessoas, sendo composta por técnicos de nível superior, professores e pesquisadores da Univali. O grupo é responsável pelo monitoramento da produção nas áreas de pesca industrial e artesanal de 35 municípios litorâneos de Santa Catarina. Um trabalho que também envolve a atualização dos cadastros de pescadores artesanais em atuação e de embarcações que operam no Estado.
#ParaTodosVerem: Fotografia mostra um grupo de 10 pessoas, composto de homens e mulheres, em pé numa sala clara. Eles posam para a foto lado a lado. Todos vestem roupas casuais e usam crachá.
Sobre o PMAP
O Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira (PMAP) teve início em 2008 como uma medida de controle para acompanhar, analisar e avaliar os impactos da exploração e produção da Petrobras na Bacia de Santos sobre a pesca e as localidades pesqueiras nas áreas de influência. Focado, inicialmente, em São Paulo e região Sul do Rio de Janeiro, o PMAP monitora o desembarque pesqueiro e variáveis socioeconômicas relacionadas à atividade pesqueira.
O PMAP, junto com a execução do Projeto de Caracterização Socioeconômica da Pesca e Aquicultura (PCSPA), em 2014, e outros estudos ambientais e diagnósticos socioambientais realizados pela Petrobras na Bacia de Santos, agregaram conhecimento para a criação do Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira da Bacia de Santos (PMAP-BS).
A partir de 2016, este novo projeto incorporou os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Essa expansão permitiu implementar uma abordagem, integrada e sistemática, para monitorar o desembarque pesqueiro e realizar a caracterização socioeconômica e estrutural da pesca nos municípios onde suas localidades pesqueiras sofrem interferência de atividades de exploração e produção de petróleo e gás.
“A expansão do Projeto teve início em 2016, com a participação de Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro, na área da Bacia de Santos. Atualmente, o PMAP também abrange o litoral do Espírito Santo e Minas Gerais na calha do Rio Doce", explica o professor Wahrlich.